sábado, março 20, 2004

 

Já que não há saúde, haja ao menos respeito

Parece impossível mas aconteceu!
Passou-se com um familiar meu, mas com certeza o mesmo já se terá passado com muita gente
5 Horas foi o tempo que levou para ser atendido um paciente na consulta de urgência do Centro de Saúde de Vila do Porto (desde as 11:30 até às 16:20), num dia com pouco ou nenhum movimento naquele sector, sem que tenha havido sequer qualquer justificação.
Infelizmente e para meu desagrado este meu familiar não apresentou reclamação no livro existente para o efeito, havendo no entanto quem o tenha feito, atitude que aplaudo e recomendo.
Cada qual é como é, e só não o fez temendo represálias futuras justificando que vivemos num meio pequeno e que “precisamos sempre deles”.
Mas, pergunto eu, o que temos a temer? Se quando “precisamos deles”, não estão ou não aparecem!
Haverá pior represália do que esta?
Francamente, já nem sei como qualificar o péssimo serviço que nos é prestado na Saúde em Santa Maria desde há muitos anos…
Os médicos tem sido às dezenas de todas as raças e nacionalidades: Portugueses, Brasileiros, Espanhóis, Alemães e até Timorenses, mas o resultado é sempre o mesmo: quando não são corridos, tornam-se persona non grata.
As administrações também se tem sucedido mas os resultados: os mesmos e cada vez piores. Não se pode conseguir resultados sem pulso firme que é coisa que tem faltado a quem manda e que não passam de meros fantoches nas mãos de quem nada quer fazer.
Haja pelo menos respeito por quem infelizmente precisa de recorrer aos serviços de saúde.
Deixo aqui uma sugestão ao Sr. Secretário Regional dos Assuntos Sociais, já que também a ele tem faltado pulso e outras partes anatómicas para resolver este assunto em Santa Maria:
Não coloque cá mais médicos, devolva alguns à procedência, e solicite a colaboração da AMI (Ajuda Médica Internacional) ou da MSF (Médicos Sem Fronteiras) pois esses pelo menos estão presentes quando e onde é preciso!

Post Scriptum - Nesse mesmo dia e durante as 5 horas de espera, os responsáveis por uma agência funerária local tiveram que lá se deslocar 4 vezes até lhes ser entregue uma certidão de óbito para que se pudesse realizar o funeral.
Tanto quanto se soube a Sra. Doutora ainda não tinha assinado o "papel".
Nem mesmo um morto se livra de esperar !





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