BotaFaladura

Aqui está um bom exemplo!

Durante anos e anos este e outros espaços públicos, para não dizer todos, estiveram pura e simplesmente ao abandono e degradados. Bastantes vezes me insurgi contra esta situação a quem de direito e nos orgãos próprios, e muito mais ainda critiquei o laxismo e o amadorismo com que algumas vezes (poucas), timidamente, se tentou fazer algo (quem não se lembra das várias tentativas de plantação de árvores e relvado da Avenida de Santa Maria?).

Tarde é o que nunca chega, e hoje a situação está bem melhor, sendo já visivel o cuidado e o embelezamento de algumas zonas de Vila do Porto.

Para isso muito tem contribuido o belissimo trabalho desenvolvido pelo Engº Pombo para as entidades responsáveis, que parece finalmente terem percebebido que só com profissionalismo se conseguem bons resultados.

Os meus parabéns a todos os envolvidos, e faço desde já votos para que este trabalho tenha continuidade.

Há que críticar quando e sempre que necessário, mas também há que reconhecer quando for caso disso, e esse é o caso.

Pessoalmente fico com a ideia que cada vez mais vale a pena lutar com teimosia e com persistência por aquilo em que acreditamos e que achamos ser o melhor para todos.

É um pequeno exemplo, mas seja neste caso ou em outros, sempre me debaterei pelo melhor para a minha terra, já que enquanto cidadãos responsáveis, todos nós temos esse dever.

Acerca do património construído em Santa Maria, muitas têm sido as vozes que ultimamente se tem manisfestado, quer nos orgãos de comunicação social locais, quer em conversas ditas de "café", mas sempre com o objectivo de o preservar ou em alguns casos de o melhorar. Quanto às opiniões manifestadas, concorde-se ou não, tem contudo, o mérito de provocar a discussão em torno deste assunto e desta forma mais facilmente se encontrarem soluções que tem tardado em chegar.

Um dos casos mais apontados, tem sido a questão do património do Aeroporto.

O Atlântida Cine, ou o "velho" Cinema do Aeroporto é um desses casos. Todos concordamos que nas últimas décadas tem sido "a" casa de espectáculos da Ilha. Sendo "propriedade" da ANA,SA, empresa dedicada em exclusivo à gestão de Aeroportos, é natural que o interesse em manter este tipo de património e estruturas, seja reduzido, ou prácticamente nulo, aliás, foi uma herança do passado que não tem cabimento nos actuais modelos de gestão empresarial, e que por isso, paulatinamente tem vindo a ser "abandonado", o que até certo ponto se compreende.

Por essa razão, à já alguns anos que algumas estruturas e edificios do Aeroporto, tem sido desanexados definitivamente do património da ANA ou entregues a entidades para a sua gestão e manutenção. É o caso do Cinema do Aeroporto que à anos vem sendo gerido pelo Clube ANA.

Maioritáriamente construído em madeira, já com largas dezenas de anos, torna-se, por isso, dificil de manter devido aos elevados custos de manutenção e em alguns casos a necessitar de uma rápida intervenção nalgumas zonas da sua estrutura.

Mesmo assim, é intenção (recente) do Clube ANA encetar conversações com esta empresa a fim de desanexar esta estrutura definitivamente a favor do Clube. É uma aspiração legitima, mas que em minha opinião, não trará beneficios para ninguém! A realidade é que tem sido a autarquia, e honra lhe seja feita, a suportar quase na totalidade as beneficiações, as obras, as manutenções, etc, da grande maioria das agremiações em Santa Maria, e o Clube ANA não é excepção. Aliás, este Clube é já detentor de um vasto património, que incluí a sua sede; uma piscina ( actualmente e já à décadas a única da Ilha), um polidesportivo e demais equipamentos desportivos, etc. que muito tem servido Santa Maria, mas que, verdade seja mais uma vêz dita, nos últimos anos tem sido melhorado com o imprescindivel apoio da Autarquia e entidades Regionais, pelo que a inclusão de mais esta estrutura iria dificultar ainda mais a gestão do património desta agremiação, que, diga-se, já viu melhores dias.

Exemplos? O aspecto degradado e de abandono das áreas circundantes da sede; o estado lastimável em que se encontra o "Fiat" ( avião caça oferecido pela FAP) urgentemente a necessitar de manutenção; as obras dos courts de ténis à anos por concluir, para não falar na estrutura construída a pensar na educação para a prevenção rodoviária dos mais pequenos que se encontra totalmente abandonada. Enfim, não é uma apreciação muito agradável, acredito até que fira algumas sensibilidades, mas a realidade está bem à vista de todos, e por isso espero que entendam esta crítica como construtiva para que o Clube ANA torne a ser o exemplo de embelezamento que foi num passado não muito longinquo...

Por tudo isso, julgo que fará todo o sentido que o Cinema do Aeroporto a ser desanexado, seja em favor da Autarquia, que seguramente terá um "peso" institucional muito maior para negociar a sua desanexação, e que em último caso é quem acaba por suportar todas as despesas, independentemente de quem seja o dono.

Seguindo a ideia de preservação deste património legado e que faz parte da história de Santa Maria na última metade do sec. XX, seria de todo o interesse que o edificio em questão fosse alvo de uma profunda transformação e reconstrução, com um projecto adequado para um edificio multiusos, cobrindo o maior número de valências possiveis - sala para cinema,teatro, auditório; salas de exposições, formação workshops; etc, etc. - cumprindo com todas as exigências que tal requer, mantendo-se a sua estrutura e localização.

Este será, em minha opinião, o melhor destino e utilização a dar a esta "casa", que no fundo é de todos nós, que é de Santa Maria, e que no fim de contas sempre foi e é a única estrutura do género na ilha, que deve ser das poucas, ou talvez a única que não dispõe de um "Centro Cultural" acessivel e com condições.

Aqui, ele já existe, apenas há que o adaptar, e dar uma nova vida, prolongando-lhe a existencia, pelo menos, nos próximos 50 anos.

Aqui fica o repto, e o apelo ao bom senso dos responsáveis autárquicos para que não se arraste esta questão ad eternum, sob o risco de mais uma vêz se perder a oportunidade, como já aconteceu não à muitos anos, também com um importante elemento do património histórico de Santa Maria.

Quem pensar que em Santa Maria não se inova tecnológicamente, engana-se redondamente.

Aqui está um exemplo do modelo de camuflagem a adoptar para as estradas, dissimulando completamente este "borrão" indelével deixado pelo alcatrão na execução de estradas.

É mais um contributo, que a juntar à solução para as antenas dos telemóveis em muito contribuirá para um melhor ambiente.

Este exemplo poderá ser observado in loco na travessa da Flôr-da-Rosa Alta em Vila do Porto e também no caminho do Aveiro - Maia. A "responsabilidade" desta inovadora solução ambiental esteve a cargo da junta de Freguesia de Vila do Porto e ( como não podia deixar de ser) da Câmara Municipal de Vila do Porto, respectivamente.

A técnica é bastante simples: consiste apenas em efectuar uma má (de preferência péssima) preparação da "cama" da estrada, evitar a aplicação de herbicida eficaz, e voilá...faz-se milagre.

A principal vantagem está na rapidez de propagação das plantas, pois em ambos os casos desde a asfaltagem até ao aparecimento dos primeiros exemplares decorreram poucos meses.

Oh valha-nos Deus!

Isto não é ser "má lingua" meus senhores, é uma constatação de factos, infelizmente.

Já há muito que o problema da falta de estacionamento automóvel deixou de ser um problema exclusivo dos meios grandes. O aumento significativo do numero de automóveis leva a isso, e Vila do Porto não é excepção.

Por essa razão, decidiu a autarquia, e bem, proceder ao melhoramento de algumas zonas, com o objectivo de as embelezar e também de proceder a um reordenamento por forma a regular e ao mesmo tempo criar um maior numero de lugares para estacionamento automóvel.

É o caso do Largo de Santo António - aqui na imagem - bem no centro de Vila do Porto.

Até aqui, tudo bem. O problema, é que já lá vai um mês que a obra ficou desta maneira, ou seja, parada.

Resultado: reduziu-se temporáriamente um elevado numero de estacionamentos, originando uma (maior) desordem no transito daquela zona. Para além disso, a obra situa-se numa zona de peões e em frente à biblioteca municipal mairitáriamente frequentada por crianças.

Já que não há preocupação em "acelerar" o ritmo da obra, haja pelo menos o bom senso de consignar o local de intervenção, colocando para o efeito barreiras e sinalização adequada, que de resto é obrigatória, já que existem "ferros" espetados, tubos, desniveis de pavimento, etc. São maus principios e maus exemplos destes que devem ser evitados a todo o custo, sobretudo por esta " obra " está a ser executada por administração directa da autarquia, que é a entidade que tem como função fiscalizar o cumprimento das normas aplicaveis na construção. Em ultimo caso seria, no minímo, uma questão de respeito; de urbanidade para com os munícipes.

Eu, não aceito a desculpa da falta de "pedra" ou de qualquer outro material para continuação da obra, pois assim sendo terá que se acrescentar, mais uma vez, a falta de planeamento.

Compreende-se o "desespero" dos responsáveis autarquicos neste final de mandato em querer iniciar obras, que ao longo de quase 4 anos não foram sequer iníciadas, mas pelo menos façam-no com respeito por todos, até pela lei!

Espero é que a meio não fiquem as outras frentes de trabalhos da CMVP, nomeadamente nos Anjos e na Praia.

Começem e acabem, e deixem-se desta "técnica" de obras ás "mijinhas" por aqui e por acolá.